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Saturday, February 08, 2014

Beijo gay / lésbico 

As multinacionais das comunicações vêm fomentando o beijo gay/lésbico nas novelas das tevês (fevereiro de 2014) para seus patrocinadores se apropriarem cada vez mais desta prática normal e atraírem estas duas categorias humanas naturais ao mercado consumidor de uma indústria de produtos sexuais já previamente programada, implantada e em franca expansão... porque, afinal, o sexo -- além de só ter a ver com a reprodução da espécie quando por ventura ou descuido o óvulo feminino é fecundado por um espermatozóide masculino -- tornou-se uma atividade de diversão e lazer entre casais e o caminho mais fácil, nas grandes cidades, para o alívio das tensões do apressado e atritado dia-a-dia.

Não é um avanço, dizia a mesa de debates a que eu assistia. Disto estamos longe, disse um debatedor.

Não só estamos longe, digo eu, como estamos muito mais longe de onde estaríamos se o Cristianismo não tivesse sido implantado por Roma, no ano 400 d.C., como religião oficial desta civilização, causando ao nosso mundo humano e natural um retrocesso sem precedentes, no mínimo de 1600 anos.

Na verdade, com exceção da situação da mulher em relação ao homem, e dos divertidos e eficientes inventos que são a verdadeira façanha dos nossos tempos, nossa civilização jamais produzirá no futuro uma situação que venha a ser melhor que outra que já existiu no passado.
Ora, entre os povos antigos, a homossexualidade era prática, não majoritária, mas corriqueira entre as pessoas. Não era mal vista, sequer era considerada anormal, sequer era objeto de algum cochicho enviesado. Pois mal, Roma oficializou o Cristianismo, e a homossexualidade, de pecadilho religioso, por ser prática sexual não-reprodutória contrária ao “crescei e multiplicai-vos”, passou a crime contra o Estado, e assim reprimida por uma força legislativa e policial que até então se restringia a questões de linhagem familiar.

E se desde então o Cristianismo prega a renúncia aos bens terrenos para desfrute da fartura no paraíso da vida eterna pós-morte, bem... essa fartura já existiu entre os povos indígenas, assim como entre os nativos que habitavam o Brasil quando os portugueses aqui chegaram e, implantando o colonialismo, o coronelismo, o Cristianismo e o monoteísmo, tomaram-na para si mesmos e deixaram, para os nativos e as demais classes subjugadas que para cá vieram, a escassez e a disputa pelo pouco, quase nada, que restou.

Portanto, o tal paraíso — a terra é de todos, para todos, “nada lhe faltará” — apregoado para o pós-morte já existiu, a homossexualidade como prática natural normal já existiu. Parece mesmo que nossa civilização, condenando todos a uma corrida rumo ao bico do funil, está fadada a exterminar a natureza e a naturalidade de todos os seus habitantes, para viver de alimentos de isopor e artefatos divertidos.


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